terça-feira, novembro 22, 2005

Depêndencia


Passo a vida toda a tentar a independência,
Independência de meus pais ou financeira, que seja
E de repente me vejo assim,
Completamente dependente de ti

Ao menor sinal de sumiço teu,
Em pouco tempo sem noticias
Fico assim agoniada
Com esse terrível sentimento de perda

Não que seja possessiva, pois
Quero te, mas te quero livre
Você perto de mim acorrentado não me serve

Perda porque, já sou tua
E quando somes me sinto perdida
Perdida de ti, perdida de mim...



“E nem sei porque me sino assim
vem de repente um anjo triste perto de mim
e essa febre que não passa
e meu sorriso sem graça”

quinta-feira, novembro 17, 2005

Sonho




Essa noite sonhei com você,
Sonhei que agora podíamos nos olhar olhos nos olhos enquanto conversávamos
Pude sentir o calor dos corpos, a suavidade das mãos, o abraço, os lábios a se tocar
Ouvi tua voz bem perto de mim, senti tua respiração, senti teu cheiro
E depois da conversa vieram os beijos e depois dos beijos fiquei ali, simplesmente abandonada em teu abraço, sentindo o calor dos teus braços,
Fiquei ali, indefesa sem oferecer resistência alguma, me sentida tão bem como nunca antes havia me sentido...
Falamos sobre a chuva que caia, sobre o vento, sobre nós, sobre o mundo, sobre tudo enfim, com o tempo às palavras se tornaram desnecessárias e a simples presença já era o suficiente para estarmos bem...
O tempo foi passando e de repente você começou a sumir de mim, já não podia mais te sentir, te ouvir, te ter...
Infelizmente eu estava acordando, tentei evitar mas não consegui...
E quando acordei estava sozinha em meu quarto, minha única companhia era a lua, a nossa lua e mesmo assim ainda pude sentir tua presença...

terça-feira, novembro 08, 2005

Saudades


Saudades da boca que eu nunca beijei
Do abraço que nunca senti
Dos sussurros que nunca ouvi ao pé do ouvido
Da pele que nunca toquei

Saudades de lugares que nunca estive
De momentos que não aconteceram
De uma vida que não é minha e que nunca foi
De sabores que nunca experimentei

Saudade de tudo que é meu,
Mas nunca me pertenceu
De teu perfume que eu nem sei qual é

Saudades do que está por vir
Do que ainda será
De tudo que espera por nós