Gabi, de frente com Gabi

E a pauta da vez é: “Qual seria a sua entrevista perfeita?” pensei em mil personagens e centenas de assuntos, mas nenhum me pareceu mais atraente e que satisfaria mais minha curiosidade do que viajar pro futuro e entrevistar Gabriela Reciputti Domingos, ou seja, eu mesma, daqui uns dez ou quinze anos e saber o que fazer da vida agora.
Eu me faria muitas perguntas, iria querer saber o que eu fiz que compensou muito e por isso deveria ser feito de novo, o que deveria ser mudado, se eu estou feliz com o rumo que minha vida tomou, o que eu não deveria fazer em hipótese alguma, por quem eu deveria me apaixonar, o que fazer, o que?
Isso tornaria a vida tão mais fácil que seria impossível NÃO SER feliz, ou a tornaria tão entediante que seria impossível SER feliz.

De originais a cópias?

Se eu concordo com a frase ‘Nascemos originais e morremos cópias’? Não, não concordo. Eu prefiro acreditar que nascemos como uma ‘pedra bruta’ e com o tempo somos ‘lapidados’ pelas nossas experiências, pela convivência com outras pessoas e com isso acabamos ficando com um pouquinho de cada um que passa por nós e nos marca de alguma forma, mas sem perder nossa essência e, portanto morremos marcados pela vida e pelas pessoas com quem vivemos, mas não cópias.

O você escreveria anonimamente?

É incrível como as pessoas se sentem protegidas pelo anonimato. E daí, falam tudo o que pensam, mas não tem coragem de assumir. Eu nunca me senti protegida, pois mesmo que as outras pessoas não saibam, eu sei, e isso faz com que pareça que todos sabem também. Então, respondendo a pergunta do titulo, eu não postaria nada, ou falo o que penso e dou a ‘cara a tapa’, ou guardo pra mim.